A
comercialização crescente de aparelhos de telefonia móvel, popularmente
conhecidos como “celulares”, além de propiciar o incremento de facilidades de
comunicação entre as pessoas, também tem gerado um aumento no número de delitos
envolvendo esse tipo de equipamento.
A
constatação atual é que, apesar das estatísticas criminais apontarem uma
estabilidade nas ocorrências de furto de roubo com o um todo, registradas em
nossa região, os crimes envolvendo especificamente aparelhos de telefonia
móvel, tem apresentado um quadro diferente, onde é verificado um aumento
crescente nos índices, que se não chegam a ser alarmantes, acabam por gerar uma
maior preocupação da Polícia no que diz respeito à prevenção e a repressão a
esses tipos de delitos.
Nesse
sentido, a Polícia Militar da região de Assis, na tentativa de reduzir a
ocorrência desse tipo de modalidade criminosa, envolvendo telefones
“celulares”, alerta para a adoção de providências simples no dia-a-dia, porém
que podem representar um grande avanço na melhoria dos índices observados.
Normalmente
os delitos dessa natureza têm como objetivo principal o comércio ilegal de
aparelhos, adquiridos por meio de Roubos e Furtos, que acabou sendo alavancado
pela mudança de tecnologia empregada nos equipamentos, que ao ser alterada do
modo CDMA para o GSM, possibilitou a utilização de qualquer aparelho, sem a
necessidade de prévio cadastro junto a operadora, bastante a simples
substituição do “chip” que dá condições de funcionamento.
Apoiados
nessa facilidade, os marginais se apropriam desses “celulares”, durante a prática
criminosa, e devido aos altos valores de mercados e a grande procura para o
comércio, revendem esses equipamentos a preços mais baixos, os quais voltam a
funcionar normalmente, alimentando esse ciclo de comércio ilegal.
Baseado
no princípio de que a repreensão a esses delitos é bastante complicada, devido à
disseminação do uso desse tipo de tecnologia e a similaridade dos equipamentos
encontrados em uso pela população, fatores que dificultam a identificação dos
equipamentos oriundos de prática criminosa, o fator fundamental a ser
considerado são as medidas que podem adotadas pelos proprietários de celulares,
visando desestimular os casos de Roubos e Furtos desses aparelhos.
Basicamente
as medidas podem ser dividas em dois grupos, sendo as primeiras de ordem preventiva
e a segunda de ordem paliativa, as quais podem ajudar a Polícia na redução
desses índices.
As
medidas preventivas, apesar de serem de conhecimento de toda população,
normalmente são desprezadas, contribuindo diretamente para a ocorrência desses
crimes. São dicas simples pra que você fique mais atento e evite atrair os
ladrões, dentre elas podemos destacar:
- verifique
constantemente os locais onde os “celulares” estão guardados: é muito comum que
ladrões habilidosos abram bolsas e mochilas ou cortem para pegar seu conteúdo,
eles agem em poucos minutos e um simples descuido em um local público é o
suficiente para nunca mais ver seu celular. Verifique regularmente os bolsos e
zíperes e não fique disperso em lugares públicos. Essa simples preocupação em
ver os bolsos e olhar ao redor de vez em quando faz o ladrão perceber que você
está atento.
-
evite guardar o “celular” nos bolsos das calças quando sentado: estando sentado
é muito comum o celular deslizar sem você perceber, caindo no banco do táxi, do
ônibus ou outro local onde se encontre. Prefira utilizar o bolso da camisa ou
para as mulheres a própria bolsa.
-
não fale no seu celular em qualquer lugar: tenha cuidado ao usar o celular à
noite em lugares desertos, não só porque é um convite para os “oportunistas”,
mas porque é provável que você fique disperso e não note a presença de
estranhos. Se precisar falar com alguém tarde da noite na rua, dirija-se a um
local mais movimentado ou na pior das hipóteses abrigue-se atrás de algum
veículo e seja rápido. Se precisar falar no celular dentro do carro, utilize
sempre o viva-voz e não se distraia e nem pare em locais perigosos.
As
medidas paliativas devem ser adotadas quando o uso das medidas preventivas não
foi suficiente para evitar os roubos e furtos, fazendo parte da estratégia a
ser adotada para minimizar os efeitos da ação delituosa, assim como desestimular
a prática desses delitos, gerada pela impossibilidade de venda desses
equipamentos. Dentre as medidas podemos destacar:
- em
caso de abordagem: se não teve jeito e houve a abordagem, não reaja. Entregue
seu aparelho, afinal o dinheiro perdido e o aparelho você pode recuperar, a sua
vida não. A raiva é grande e o sentimento de injustiça também é, mas mantenha a
cabeça fria e entregue o que lhe pedirem. Quanto mais rápido entregar, mais
rápido a ação termina.
-
providências em casos de roubo e furto de “celulares”: o primeiro passo é
registrar um Boletim de Ocorrência. Além da possibilidade de reaver o aparelho
nos casos em que é feita a prisão dos marginais, o grande objetivo da confecção
de um BO é o fornecimento de dados para a Polícia, que irá possibilitar o
mapeamento dessas informações e a realização de um melhor planejamento do
policiamento preventivo, evitando novos casos.
- inutilização
do “chip”: após a subtração você deve entrar em contato com a operadora para
inutilizar o chip no aparelho, de forma a evitar maiores prejuízos.
-
não compre produtos sem nota fiscal: os roubos e furtos de celulares só existem
por conta do mercado ilegal que existe e quem alimenta esse comércio são as
pessoas que adquirem esses produtos. Em um primeiro momento pode parece muito
vantajoso conseguir um “celular” por um preço muito abaixo do valor de mercado.
O problema é que a pessoa que adquire um aparelho produto de ilícito está
alimentando o mercado criminoso e fazendo com que mais pessoas sejam vítimas
desse tipo de ação todos os dias.
-
inutilização do aparelho: medida de grande importância para desestimular a
prática dos roubos e furtos, vez que o bloqueio do “chip” de aparelhos de
telefonia móvel apenas impedem o uso da linha pelos marginais, enquanto que o
bloqueio do chassi do aparelho, identificado com uma numeração, mas conhecida
como IMEI (International Mobile Equipment Identity), deixa o telefone
inutilizado, a não ser que seu proprietário legítimo peça a suspensão. O IMEI pode ser encontrado na caixa do
aparelho ou na nota fiscal de compra, ou ainda, caso você já tenha perdido a
nota fiscal e a caixa, ainda é possível descobrir a numeração em uma etiqueta
colada internamente no compartimento onde fica a bateria ou ainda digitando
*#06# no aparelho. O IMEI deve ser anotado em local seguro para que seja
possível sua inutilização nos casos roubo, furto ou perda do equipamento, que
deve ser feita junto a operadora de telefonia correspondente, que tem o dever
de possibilitar o bloqueio do aparelho, fazendo com que o telefone deixe de
funcionar, mesmo com a troca do “chip”.
A
Polícia Militar conta com o apoio de toda população para reduzir as ocorrências
desses tipos de delitos, objetivando sempre a manutenção da ordem pública e a preservação
da segurança das pessoas. Todo cidadão tem um papel fundamental no trabalho
executado pela polícia, podendo auxiliar diretamente na redução dos índices
criminais e na melhoria da qualidade de vida da população.
Setor de Comunicação Social do 32º BPM/I