REGIÃO DE ASSIS

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quinta-feira, 26 de julho de 2012


Pela extinção dos comentários irresponsáveis sobre Polícia


Soube que a Folha de São Paulo publicou em 24 de junho de 2012 um artigo sob o título "Pela extinção da PM". Algumas pessoas perguntaram qual minha opinião; então, não vou me omitir e vou publicar minha posição.

O articulista filósofo soma argumentos para condenar de forma irresponsável e generalizante as ações da Polícia Militar e sua estrutura, mas o fundo de sua critica no texto - que remete à recente indicação da ONU (uma dentre 170, é bom lembrar...) é a vinculação da polícia com instituições militares. No Brasil, as polícia militares não trabalham vinculadas ao Exército (apenas sua estética é militar: alguém deve dizer isso a ele pois está mal informado).

Mas, é sempre assim, quando surge uma ocorrência impactante em que morre uma pessoa de certa projeção (como é o caso do empresário que a mídia divulgou exaustivamente) aparecem os "arautos" de plantão que tentam condenar a Polícia Militar como um todo, generalizando alguma eventual falha (que nunca deixou de se apurar, com as devidas responsabilizações se for o caso, ao contrário do que acontece em muitos outros ambientes...). Mas, quando morre um policial em serviço, ou executado por vingança (e vários foram assim vitimados recentemente), a repercussão nunca é a mesma: não há interesse nessa matéria, ela "não merece" o esforço do articulista.

Então vamos refletir e filosofar para valer, sem medo da verdade. Que país é esse em que a autoridade policial (militar ou civil) é desacatada e o infrator apenas "paga cesta básica" (isso se chegar a ser condenado...note); que país é esse em que o cidadão foge de bloqueio policial e nenhuma responsabilidade é imputada a ele... e por isso muitos irresponsáveis, bêbados e drogados ao volante (empresários ou não), até criminosos, questionam uma iniciativa de abordagem, desafiam ostensivamente qualquer iniciativa que o policial toma para defender a própria sociedade (da qual o policial faz parte), provocam, xingam e até chutam os testículos de um sargento fardado como aconteceu na última sexta-feira a noite em ocorrência em que eu mesmo compareci e registrei na minha região.

Pergunto: por que o crime praticado contra um policial, que representa o próprio Estado, não tem punição mais grave, como acontece nos países apresentados pelos mesmo "pensadores modernos" de sempre como modelo para nós? Querem viver no caos, é isso? Está cada vez mais difícil ser policial ou professor em uma sociedade carente de educação e de aparato legal que não estimule a impunidade.

Mas eu confio muito em nossa Polícia e nos seus excelentes profissionais (a grande maioria): os cidadãos de bem sabem defendê-la e defendê-los, também.

Quanto à São Paulo, a Polícia Militar tem mostrado muita eficiência e até poucos erros pela sua dimensão. Não existe no Brasil uma estrutura policial tão bem montada, preparada e administrada como a Polícia Militar de São Paulo. Falhas existem, pois trata-se de uma grande Instituição, com quase 100.000 homens. E vamos continuar corrigindo essas falhas, pois servimos para proteger vidas, fazer cumprir a lei, combater a criminalidade e preservar a ordem pública. Isso é muito sério, uma missão que poucos conhecem bem a ponto de escrever sobre ela com legitimidade e, por isso, a insinuação sobre "extinguir a PM" já soa como irresponsável.

O filósofo que se propôs a assinar o artigo deveria conhecer melhor a Instituição antes expressar-se com base apenas em leituras superficiais sobre assunto tão grave, material que coleta no próprio jornal que patrocina sua crítica não construtiva e infundada.


Adilson Luís Franco Nassaro
Major PM Subcomandante do 32. BPM/I
Divulgue a vontade, citando a fonte.

Referência: http://www.vermelho.org.br/ap/noticia.php?id_secao=1&id_noticia=189285

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